Foi, aos 16 anos, que eu aprendi a viver intensamente, que eu descobri o meu valor e que era, através desse valor, que eu tinha que seguir tendo em mente o que eu pensava sobre tudo, sobre todos. Foi, aos 16 anos, que eu percebi que existem pessoas ruins e que eu deveria me adaptar a elas. Foi, aos 16 anos, que eu descobri o pior lado do ser humano e que eu poderia ser mau de tal forma se eu quisesse, mas o meu valor, que eu descobri aos 16 anos, não deixava. Foi, aos 16 anos, que eu descobri que o ser humano pode ser tão bom e tão grande quanto a medida do seu pensamento. Foi, aos 16 anos, que eu descobri a vida, de tal forma, que eu passei a julgar para não errar e virse-versa, sabendo que, às vezes temos que ter experiências para saber que julgar tudo e todos é tão errado quanto ser mau e egocêntrico.
Foi, aos 16 anos, que eu descobri que as pessoas são muito diferentes. Essa diferença eu já tinha percebido muito antes... mas foi, aos 16 anos, que eu percebi que essa diferença era tão profunda que eu não deveria supor quão grandiosa ela era, mas admirá-la. Foi, aos 16 anos, que eu senti a vida na pele, que eu descobri que a vida (a vida!) era tão boa para mim a medida que eu era bom para os outros, pois, caros leitores, praticar a bondade é um forma de ser feliz, uma forma de viver feliz. Ninguém precisa ser uma Madre Tereza de Calcutá para ser feliz, mas basta ter um coração bom o suficiente para perceber que é feliz quando faz os outros felizes.
Foi, aos 16 anos, que eu descobri que uma mentira pode abrir um abismo entre duas pessoas e que a falta de confiança é muito pior do que muita coisa. Descobri que era muito importante ser confiável assim como era muito importante ser feliz, por ter certeza de que transmitir confiança era diretamente proporcional à minha felicidade. Descobri também que consciência era uma chave para abrir uma porta que todos desejam entrar: [na porta] da felicidade. Foi, aos 16 anos, que eu descobri o que era força de vontade, força da derrota que poderia me guiar para vitórias, muitas vitórias.
Foi, aos 16 anos, que eu descobri que era melhor ficar sozinho do que ficar acompanhado de pessoas que não me faziam bem, quem não passavam confiança e nem caráter. Descobri, na pele, que existem pessoas tão vazias como um recipente oco sem nenhum conteúdo. Percebi que era melhor ser bom, para ter direito a ser feliz. Descobri que era importante ter auto-crítica para chegar a um importante estágio de bem estar, bem estar interior. Descobri que a melhor forma de viver era se lançar numa ideia de autorreflexão de tal forma que eu pude me conhecer melhor e, portanto, o mundo. O que eu quero dizer, caros leitores, que o seu mundo que trás a felicidade é o que você cultivou.
Foi, aos 16 anos, que eu percebi que eu não era um carro, uma casa, um dinheiro, um emprego, status, um império. Eu descobri que eu era um caráter e que eu deveria a toda hora aperceiçoá-lo de tal forma que eu não poderia deixar nada me atingir para me prejudicar. Descobri que existem pessoas que são um carro, que são tão vazias que eu não deveria torná-las um ponto de referência para um coitado adolescente de 16 anos. Descobri que pessoas instáveis são tão maléficas como para elas como para qualquer um.
Descobri que existem muitos defeitos e qualidades numa pessoa só e que ela era, realmente, o que ela alimentasse. Foi, aos 16 anos, que tive a minha primeira noção verdadeira de mundo: que eu não estava sozinho, que eu tinha uma família (e que família!) e amigos (e que amigos, viu?!) que poderiam me fazer tão feliz quanto eu para eles.
Porque foi, aos 16 anos, que eu descobri que não deveria esperar por ninguém para seguir em frente, que eu deveria ter sempre os meus motivos. Porque foi, aos 16 anos, que eu descobri o que era mudança constante, mas que sempre essas mudanças só me firmavam e são elas que estão me induzindo a me descobrir, a me encontrar, a me reencontrar.
Porque foi, aos 16 anos, que...
Abraços do Toim :)