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Viva o gordo!

sábado, 9 de junho de 2012



Unipessoal, guerreiro, determinado, um ser vivo que não possui máscaras, um cara de muito caráter, de história de uma, ainda, vida breve cheia de elogios, superações, força de vontade e sinceridade. Sinceridade e Determinação acima de tudo, eu acho. Um biomédico, um grande amigo, um velho amigo. Acho que 7 anos de convívio já é o suficiente para eu saber que você é “o amigo”. Sem frescuras mesmo. Perseverante, batalhador, pessoa de experiências, de sofrimento e de superação. Diego é uma pessoa que já sofreu e hoje tem um futuro brilhante. Biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco... quem diria, hein? Você é cheio de defeitos, confesso... rs (e quem não tem defeitos?!) mas, ao mesmo tempo, um grande homem. Um homem de caráter incontestável. Homem de palavra. Um homem de palavra forte e cheia de opinião. Olha para dentro de você e vê o grande homem o qual você se tornou. Valeu por ter suportado as minhas palhaçadas, babaquices, apelidos por 7 anos. E como diz o velho e grande William Shakespeare: “Grande amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.”

Gordo abestalhado, bolo de banha, gordo repugnante, Diego gorducho... enfim, já coloquei tanto apelido em tu que nem me lembro mais quantos. Rs Existem os gordos espaçosos, os gordos abestalhados... mas Diego é um gordo espaço, nojento e abestalhado! Feliz Aniversário!!!!! Viva o gordo!!!!!



 Grande Diego... Grande gordo... Grande amigo... Grande homem.Viva o gordo!!!!
“Guarda teu amigo sob a chave de tua própria vida.” (William Shakespeare)
Um grande abraço do seu brother que mora longe, mas que sente muita saudade de vocês. Muita mesmo... vocês sabem... Valeu! Abraço.

90 anos de Juvina Alves Duarte

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


Juvina Alves Duarte nasceu em 22 de março de 1922, nas proximidades do povoado do Ingá. Ela é Filha de Antônio e Ana Figueredo. Ela é a terceira filha de muitos desse casal: Tio Dudu, Tia das Dores, Ursulina (Dilu), Terezinha, Carmelita, Blandina (Tia Dina) e Rosa. Minha avó, ainda solteira, mudou-se com toda a sua família para Fazenda Nova após os seus pais venderem suas terras do Ingá, face a construção de uma usina de "Caruá" (vegetal que serve para fazer cordas). Minha avó foi criada num contexto de fazendas, tendo que ajudar seus irmãos e, principalmente, seus pais nas colheitas e nas demais atividades que toda fazenda familiar daquela época possuía.

Nem sempre ela fazia isso. Em uma das tantas colheitas de algodão que os irmãos saíam para fazer, minha avó se deitou no chão, numa sombra projetada por um Umbuzeiro, e começou a dormir, enquanto seus irmãos mais velhos colhiam o algodão da fazenda de seus pais. Seu irmão mais velho, Tio Dudu, com pena da minha avó, disse: "Toma, Juvina, um pouco do meu algodão para tu não voltar para casa sem nada, e papai e mamãe não brigarem com tu." Um irmão melhor do que esse a gente não encontra em qualquer lugar... (risos)

Da esquerda para a direita: Tia Blandina (Tia Dina), Tia Terezinha, Tia Dilu, Tia das Dores, minha avó e Tio Dudu. Sentados, num "amor eterno", meu bisavô Antônio e minha bisavô Ana, que não cheguei a conhecê-los [Foto gentilmente cedida pela minha prima Fátima Figueredo]

Minha avó não é letrada, mas é mais sábia do que muita gente "entendida" por esse mundo. Um vez a perguntei o porquê dela não ter ído a aulas de alfabetização. Ela, respondeu: "Meu filho, nunca fui para a escola direito porque naquela época tinha uma tal de Palmatória...". Nem todo mundo gosta de sofrer para aprender, não é? (risos)

Minha avó conheceu Abílio José Duarte, se casou e teve oito filhos. Minha mãe, em um de suas inúmeras histórias antigas que me conta, disse-me que antes de se casar com a minha avó, Abílio José Duarte sonhou com a mãe de Juvina, a Ana Figueredo, com uma criança nos braços. Depois do sonho, ele ficou se perguntando por que estava sonhando com a mulher de Antônio Figueredo com uma criança no colo. Hoje, posso afirmar que essa criança seria a minha avó, que futuramente iria casar com ele. Meu avô, viúvo, com 50 e tantos anos, casou com a minha avó, que ainda nem tinha 20 anos. Juntos, tiveram um história de 30 anos de companherismo e construíram uma grande família.


Depois de se mudar algumas vezes de residência (na rua da Várzea e na Praça Padre Leão), minha avó queria uma casa que pudesse dar assistência ao seu pai, para ele amarrar o seu cavalo quando chegasse de Fazenda Nova nos dias de feira em Custódia; e meu avô, sempre pronto para fazer os gostos de minha avó, conseguiu uma casa na Avenida Inocêncio Lima. Lá, eles terminaram de criar seus filhos e se estabeleceram definitivamente.

Quando estou com saudades dela (moro fora de Custódia), a voz dela parece que ecoa nos meus ouvidos, me chamando: "Marrim, ôôôô Marrim!". Ou então, quando está entediada, gritando: "Eitaaaaaa!!!". Hoje em dia, a sua audição está comprometida por causa do envelhecimento e das "apoptoses" da vida, mas, mesmo assim, eu passo vários minutos conversando com ela, tirando fotos e matando a saudade. Ela às vezes sonha comigo, ou eu pedindo dinheiro, ou dando-me ordens, ou dizendo coisas para eu não fazer na vida. Ela é a minha segunda mãe. Ela praticamente me criou e sou muito grato a ela por tudo, por ela ter me dado tanto afeto.

Minha avó e minha mãe

Mas o que falar de Juvina...? Uma mulher guerreira, que soube lidar com a viuvez precoce. Uma mulher de pulso forte, que não se deixava levar pelos outros, tendo um espírito de liderança impressionante, que tive o prazer de ver pessoalmente na minha infância. Não conheço uma pessoa mais vaidosa que a minha avó. Ela não tira os seus brincos por nada, não tira suas pulseiras por nada... sempre, sempre ela manda buscar um objeto, algo que ela tenha, que seja elegante para me mostrar. Elegante: essa é a palavra-chave para eu definir Juvina Alves Duarte com muita firmeza e sem medo de errar. Atualmente, minha mãe e minhas tias cuidam da minha avó.

Minha avó e eu (1994)

Ela é mãe de oito, avó de dezoito, bisavó de quinze... Ela construiu uma família imensa. Ela é a matriarca de um enorme família, da minha família. Ela é uma mulher de fibra, de respeito inigualável. Depois da morte do meu avô em 1972, ela não quis saber mais de ninguém, não queria conhecer ninguém mais. Era a viúva de Abílio José Duarte e pronto. Admiro esse sentimento forte que ela tinha pelo meu avô. Admiro a lealdade que ela tem com todos que ela gosta. Admiro cada palavra de minha avó, porque ela, simplesmente, é uma firmeza de ideais fortes, de opinião, de afeto e amor, com quem ela ama. Ela é uma grande mulher. Ela é muito mais que uma personalidade... Ela é muito mais que 90 anos de história, de lutas, de experiências, de vitórias. Ela é muito mais que uma postagem como essa, que deixa a desejar sobre ela. Ela é a minha avó inesquecível, a minha avó de memorável personalidade. Ela é a minha segunda mãe. Ela me acolheu nos seus finais de semana. A mulher que ajudou a minha mãe a me criar. A minha avó linda, mais que linda, sempre linda. Ela é a forte Juvina Alves Duarte.

Se costumo ter pés e mãos frias, é porque, isso, eu ''peguei'' dela. Se tenho lábios finos; nariz fino, mas grande, é porque "herdei" dela; se tenho queixo curvado e não reto, é porque eu sou neto dela. A genética não falha... Obrigado por ter me dado conselhos, por ter sido "A Avó". Obrigado por tornar nossas conversas numa "resenha": de rir do meu cabelo grosso, de ''tirar onda da minha cara'', de dizer que eu estou um ''rapaizão". Obrigado por ter dado o meu primeiro banho, por ter sido o meu exemplo de experiência. Obrigado por ter me dado o que todos precisam: amor. Obrigado por me proporcionar uma infância maravilhosa, brincando de bola na frente de sua casa e de deixar eu te aperriar por tantas vezes. Obrigado por sempre sorrir quando me ver. Obrigado por sempre me reconhecer, quando, hoje, reconhece pouquíssimas pessoas. Obrigado por nunca ter me esquecido. Obrigado, por tudo.

Postagem: Antonio Marlos Duarte, o seu neto mais novo, que tanto te ama! Você é 10!!!!

Nota: quis fazer uma postagem bem pessoal. Ainda, quis mostrar um pouco do que vivo com a minha avó e um pouco de sua personalidade forte e sua história. Os fatos históricos de minha avó foram baseados em relatos de minha mãe. Abraços!

"Crônica": Identidade de cada um

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


Desde a globalização de ideias e costumes, o homem passou a buscar, corretamente, sua diferenciação numa sociedade que vem deixando de patrocinar a individualização, a identidade de cada um. Isso demonstrar o poder das comunicações virtuais - que almejam agrupar pessoas de um "ideal comum" -, da forte integração de costumes mundiais, banalizando os regionais, provando uma crise de existencialismo do ser humano, o qual se tornou um produto de um meio determinante, coletivo. Esse quadro "Operários", de Tharsila do Amaral, reflete que todos eles são iguais, não tendo diferenças num contexto industriais.


Por essa aliteração, o "cyberespaço" vem agrupando pessoas de diversos costumes de diversos países na chamada "Aldeia Global" que, progressivamente, vai destruir e corromper o essencial individualismo, a identidadade de cada um num mundo globalizado. O problema remonta que, a partir da Revolução Industrial e do modelo econômino "Fordista", o ser humano deixou de buscar os seus costumes e passou a integra-se às massas, fato observado no filme "Tempos Modernos" do cineastra Chalie Chaplin. Esse problema demonstra o quão importante é a busca por tal identidade individual, renegando a alienação feita pela Tv Globo, principalmente, e a forma comum de pensamento visto que, atualmente, jovens se agrupam para fazer apologia às marcas capitalistas, aos costumes estadunidenses, europeus, esquecendo dos brasileirose até deles mesmos (identidade própria).Portanto, buscar a sua própria identidade é uma forma de se destacar num "mundo comunal", como o atual.

Esse contexto demonstrar o quanto o Determinismo alemão estava certo ao estudar o papel da sociedade do indivíduo, visto que redes sociais de relacionamento como o "facebook", "orkut" e "twitter", aglomeram pessoas diferentes para torná-las "iguais". Buscar tal identidade pode ser entendida incontestavelmente no pensamento de John Locke, que estudou as "experiências sensoriais" para caracterizar costumes da época que podem ser observados na atual chamada "Geração Y", que não busca o individualismo necessário para a construção de uma sociedade ideal. Por isso, ter as próprias características e construí-las solidificamente é uma forma inerente de, inclusive, ser feliz, ter ideologias, pensamentos formados. O ex-presidente Fernando Collor chamou os carros brasileiro de "carroças", e pode-se chamar, sem problemas, toda essa manipulação de "carroça". De "carroças sociais".

O fato de buscar a própria identidade é uma tarefa árdua diante das atuais imposições da sociedade: essas imposições são "carroças", não mazelas da sociedade. Marcas, bandas musicais, capitalismo, redes sociais oferecem uma disposição ao "gosto comunal", à falta de diferenciação das pessoas entre si. Reverter esse quadro de "carroças" sociais de costumes é possível mas é, necessário, antes de tudo, exaltar a individualidade humana.

Abílio José Duarte

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A história desse homem reflete-se na importância de explorar a memória da família e também da sua cidade, Custódia. Meu avô nasceu no ano de 1888: ano da abolição da escravatura. Percebe-se que o meu avô nasceu algumas décadas antes da emanicipação de Custódia como município. Abílio José Duarte nasceu em Cacimba Limpa e foi criado pelo tio José Josino em São João do Leite. Seus pais moravam em Palmeiras dos Índios, no estado de Alagoas, e, por motivos desconhecidos por mim, não criaram meu avô. Vivendo nessa região a sua infância, meu avô foi criado num contexto de bucólico, de fazendas e de sítios. Tendo fazendas para se dedicar a cuidar (visto que seu tio era dono de terras), meu avô sonhava em ser vaqueiro... e foi. Tornou-se o vaqueiro do sítio de seu tio-pai.

Meu avô cresceu e virou o que ele sempre quis na infância: vaqueiro. Num dia, em que corria pelas fazendas que fora criado, Abílio José Duarte corria em alta velocidade com o seu cavalo quando não viu um buraco enorme. Não conseguindo "frear" o cavalo, caiu e ficou, como se diz na nossa linguagem típica, "corcunda". Ele ficou assim até o último dia de sua vida. Com o acidente, deixou de ser vaqueiro para ser outras coisas. Casou-se anos depois com a sua primeira mulher - Enedina Leite - , a qual morreu após uma série de complicações após um parto. Ela deixou filhos, tios meus que já morreram - Joanita, Zezito (Rock Lane), mas outros continuam vivos como Tia Neta e Irene. Passado alguns anos de "viuvez", casou-se novamente. Casou com a jovem Juvina Alves Figueredo, minha avó, a qual permaneceu com o meu avó até o seu último dia de vida. Com ela, teve oito filhos: Gilda, Djanira, Josa, Afonso, João, José, Dorinha e Magaly, esta última minha mãe.

Trabalho na Justiça, meu avô pregou a Justiça sempre, nunca se subjugando a subornos ou coisas do ramo. Por várias vezes, pessoas que queriam ser privilegiadas em divisões de terras, em heranças, tentavam subornar meu avô querendo "dar um bônus", caso meu avô aumentasse suas posses. Meu avô nunca aceitou a ideia de ser um qualquer corrupto da justiça, sendo reconhecido por todos. Já escutei várias histórias sobre pessoas que hoje são idosas e que, quando jovens, conheceram meu avô e me falaram sobre isso. Sempre escutei histórias sobre Abílio José Duarte como um homem digno, honesto, entendido, inteligente, sábio... incorruptível.

Na Justiça, meu avó já passou por muita coisa como o caso, que sempre escuto com muita frequência, da insistência de Lampião em enfrentar o meu avô. O tio que criou o meu avô gostava muito de Lampião, dando comida e abrigo quando os cangaceiros vinham a Custódia. Meu avô, ao contrário do seu tio-pai, nunca gostou de Lampião e vivia reclamando quando o anti-herói ia se abrigar na casa que fora criado. Lampião soube desse "mal-estar" e passou a afrontar o meu avô, mandando ameaças. Dizem que, quando Lampião chegava em Custódia, meu avô corria. Quando Lampião o ameaçava, ele viajava para outros lugares, inesperadamente. Eu disse que ele era incorruptível, não corajoso com cangaceiros! Enfim, todos os homens têm suas fraquezas... e meu avô não seria diferente! (risos)

Já aposentado, meu avô criava em sua casa um papagaio muito ciumento, que só queria a atenção dele e de mais ninguém da casa. A minha tia ensinava palavrões ao papagaio. Após dias da morte do meu avô, ele também morreu. Eram inseparáveis dentro de casa. Enquanto vivia nessa vida de aposentado, meu avô tinha uma rotina: durante a manhã, caminhava em direção ao Cruzeiro, onde tinha alguns parentes que ia visitar; durante a tarde escrevia muito e, a noite, vivia em casa. Meu avô fez um livro autobiográfico, que se encontra com minha tia, que mora no Estado do Rio de Janeiro. Diversas prosas pequenas meu avô escrevia, todos os dias. Além disso, meu avô era "consultor político". Muitas pessoas iam na casa dele para saber em quem ele iria votar, para votar no mesmo candidato, visto que todos julgavam meu avô "entendido". Quem não gostava desses "conselhos políticos" era a minha avó, que sempre dizia: "Abílio, esse povo só vem na hora do almoço, é? Abílio, deixa de ser besta... esse povo só vem para cá comer!!!" (risos)

Em uma de suas manhãs, foi caminhar e, mais ou menos, de frente onde hoje é a Tambaú (na época era o Posto Texaco) teve o seu destino cruzado com o de uma moça que estava aprendendo a dirigir carro. Inesperadamente, ela atropelou o meu avô, que não resistiu às lesões e faleceu. Era 15 de Dezembro de 1972. Meu avô tinha 84 anos e deixou filhos e a minha avó, que ainda tinha 50 anos na época (hoje, minha avó - Juvina Alves Duarte - tem 89 anos e completará 90 anos no dia 22 de Março). Em 2012, completa-se 40 anos da morte do "Abílio Corcunda", da morte de um homem de caráter incontestável, de índole, de firmeza de ideias, de pensamento e de sonhos. Existe uma rua com o nome "Rua Abílio José Duarte", que fica perto da CIOSAC, na entrada do Bairro Mandacaru.

Foi uma satisfação muito grande compartilhar, mesmo que tão pouco, a história de um homem de ideais. Tenho orgulho de ser neto dele, porque, quando se é adolescente, sempre nós procuramos a quem seguir em pensamento, vendo as histórias de seus heróis. Encontrei, além do meu pai, um outro herói na minha família: uma homem de Justiça e de sabedoria paterna. Encontrei um herói querido por todos na sua vizinhança e na sua cidade. Encontrei um herói paciente e que não guardava mágoas de ninguém. Encontrei a história de um incorruptível, de um cidadão, de um homem real e ideal. Encontrei a história de Abílio José Duarte.

Texto de: Antônio Marlos Duarte (blogdotoiim.blogspot.com)